6 mulheres importantes na história da tecnologia


6 mulheres importantes na história da tecnologia

O lugar da mulher é onde ela quiser. Esta frase é muito usada por movimentos de lutas pelos direitos das mulheres e, de certa forma, pode ser considerada um clichê. No entanto, ela é muito precisa para o que vamos mostrar no nosso artigo de hoje: sobre mulheres importantes na tecnologia. Apesar de ser um mercado lembrado por ser constituído em sua maioria por homens, temos muitas mulheres que contribuíram para o desenvolvimento da sociedade moderna.

Seja gerenciando, programando, criando produtos ou inovando, elas sempre estiveram aí mostrando que fazem muito bem o que quiserem. Como uma forma de homenageá-las pelo Dia Internacional da Mulher, fizemos uma lista com seis das mais importantes mulheres na história da tecnologia. Vamos conferir quem são e como influenciam, mesmo depois de tanto tempo, a nossa vida:

Hedy Lamarr

Hedy Lamarr já foi considerada “a mulher mais bonita do mundo”. Ao longo de sua carreira no cinema, a atriz hollywoodiana estrelou mais de 30 filmes, incluindo os clássicos “Sansão e Dalila” e “A História da Humanidade”. Porém, a diva não se contentou apenas com seu destaque no cinema. Dona de uma inteligência absurda, Hedy também tinha um grande fascínio pela ciência. Tanto que é considerada a inventora do salto de frequência, uma técnica que evita a interceptação de mensagens.

Hedy Lammar, uma das mulheres mais importantes da história da tecnologia

Hedy inspirou-se ao observar um piano, notando que cada tecla emitia uma frequência de longo alcance diferente. Assim como nas melodias, nas quais as notas alternavam-se rapidamente, ela pensou em como isso poderia ser usado em espectros de comunicação militar. Projetado juntamente com o compositor George Antheil, o sistema foi concebido para que estações de radiocomunicação mudassem o seu sinal 88 vezes seguidas. A ideia era de que forças inimigas teriam grande dificuldade para detectar esse registro alternado, permitindo a orientação de mísseis e torpedos.

A importância de sua invenção é tão grande que chegou a ser empregada em tecnologias de comunicação de guerra. Nos dias atuais, ela é usada também em redes celulares, no GPS, Bluetooth e até mesmo no Wi-Fi.

Ada Lovelace

A única filha legítima de Lord Byron, (sim, o poeta que estudamos na literatura), é considerada a primeira programadora da História. Apaixonada pela matemática, desenvolveu durante sua juventude uma relação de trabalho e amizade com Charles Babbage, sobretudo com a Máquina Analítica.

Ada Lovelace, considerada a primeira pessoa a programar na história

Após fazer a tradução do artigo de um engenheiro militar italiano sobre a Máquina Analítica, Ada adicionou suas próprias anotações. As notas, que foram classificadas alfabeticamente de A a G, contêm um algoritmo para a Máquina Analítica computar a Sequência de Bernoulli. Esse algoritmo é considerado o primeiro a ser implementado por um computador, sendo este o motivo de Ada ser considerada a primeira pessoa a programar em toda a História.

A Condessa de Lovelace não viveu tempo suficiente para ver a Máquina Analítica pronta e seu algoritmo funcionando. Porém, em 1953, mais de cem anos após a sua morte, suas anotações foram republicadas. A máquina foi reconhecida como o primeiro modelo de computador, e as notas de Ada como a primeira descrição de um computador e um software.

Grace Hopper

Também conhecida como “A Rainha da Computação”, “Rainha da Codificação”, “Almirante Grace”, “Vovó COBOL” e “Grande Dama do Software”. Pode parecer um exagero, mas para a mulher que programou o primeiro computador digital de larga escala e criou o primeiro compilador, os títulos parecem bem apropriados.

Grace Hopper é uma mulher pioneira, considerada a inventora do termo bug

Hopper foi analista de sistemas da Marinha dos EUA entre as décadas de 40 e 50. Durante este período, ela criou a linguagem de programação Flow-Matic, que foi a primeira adaptada para um idioma humano. Anos mais tarde, ela serviu como base para a criação do COBOL, em 1959.

Além disso, Hopper foi designada para a equipe de Serviço de Computação Naval em Harvard. A intenção era de que essa máquina fosse capaz de fazer cálculos rapidamente para assuntos de guerra. Este computador foi o famoso Mark I, da IBM. Grace foi a pessoa responsável pela programação dele.

Sua história mais famosa, no entanto, está relacionada ao termo “bug”. Grace teria resolvido um problema no processamento do Mark II, após encontrar uma mariposa que estava criando um ninho no computador. O trabalho então seria um “debugging”, literalmente removendo um inseto da máquina.

Irmã Mary Kenneth Keller

Mary Kenneth Keller foi uma freira estadunidense. Foi uma importante educadora e pioneira da computação, tornando-se a primeira mulher a ter um doutorado em computação nos EUA, no ano de 1965. O título de sua tese era a “Inferência indutiva dos modelos gerados pelo computador”.

A Irmã Mary Kenneth Keller é reconhecida como a primeira doutora em computação na história

Além da importante conquista, simbólica para as lutas das mulheres, A Irmã Mary Kenneth Keller possuía uma visão que hoje é aceita como uma unanimidade na área da tecnologia: a inclusão social através da tecnologia. Envolvida com educação, didática e ensino, a Irmã enxergava nos computadores um potencial para ferramentas educacionais e desenvolvimento humano.

Após seu doutorado, a Irmã fundou um departamento de computação na Universidade Clarke, ao qual chefiou até o seu falecimento, em 1985. Sua influência é vista até hoje, com 4 livros publicados que são referência.

Katherine Johnson

Katherine Johnson é uma das mulheres retratadas no filme “Estrelas Além do Tempo”. E ela faz jus ao nome do longa: terminou o colégio aos 14 anos e formou-se em matemática e língua francesa aos 18 anos. Como se não bastasse, um ano após concluir sua graduação, foi a primeira mulher negra a entrar para um curso de pós-graduação na West Virginia State University.

Katherine Johnson

Katherine trabalhou na NACA ,(o órgão que precedeu a NASA), realizando os cálculos necessários para a exploração espacial. No filme “Estrelas Além do Tempo”, Johnson é a responsável pelos cálculos para que o astronauta John Glenn fosse colocado em órbita, em 1962.

Seu trabalho mais importante está relacionado ao cálculo da trajetória de vôo da Apolo 11, durante a missão para a Lua pela primeira vez, em 1969.

Radia Perlman

Radia Perlman, a mãe da internet

Considerada a “mãe da internet”, Radia Perlman ganhou esse título por conta do desenvolvimento do protocolo STP (Spanning Tree Protocol). Em 1985, enquanto trabalhava para a Digital Equipment Corporation, ela tentava resolver o problema de compartilhamento de arquivos entre computadores.

Perlman rapidamente ofereceu o STP como a solução. Algumas pessoas compararam isso com uma espécie de padrão de tráfego para a Internet seguir. É chamado de “árvore”, porque cria links redundantes entre nós ou pontos de rede. Isso significa que, se um link falhar, há um backup. Apenas um link está ativado em determinado tempo, mas quando os dados são necessários, está lá. O STP foi rapidamente adotado como protocolo padrão para a tecnologia de ponte de rede e, basicamente, permitiu que a Ethernet gerenciasse redes massivas.

Mas Perlman seguiu em frente: ela tem trabalhado em um novo protocolo para substituir o STP, chamado TRILL (TRansparent Interconnection of Lots of Links), e em melhorar a segurança de dados na Internet. Perlman também ajudou a introduzir crianças pequenas na programação de computadores. Ela também não pensa muito em seu chamado título, além de não conseguir lembrar a publicação que inventou e surpreende que seja conhecida pelo STP.

Via LanLink