TSE quer saber os números que fizeram disparo ilegal de mensagens no WhatsApp


TSE quer saber os números que fizeram disparo ilegal de mensagens no WhatsApp

Empresas intimadas são investigadas pela denúncia de disparo ilegal de mensagens durante as eleições no Brasil, em 2018.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi, solicitou que operadoras de telecomunicações fornecessem os números de telefones de quatro grandes empresas e seus respectivos sócios. As companhias estão sendo investigadas pela denúncia de participação em ações ilegais de disparo em massa no WhatsApp.

O WhatsApp admitiu envio ilegal de mensagens durante as eleições de 2018, supostamente beneficiando a candidatura do atual presidente Jair Bolsonaro.

Entre as operadoras intimadas estão: Vivo, Claro, Tim, Oi, Nextel, Algar, Porto Seguro, Datora e Terapar.

A declaração de que, de fato, houve disparo ilegal de mensagens no Brasil durante as eleições do ano passado, veio de Ben Supple, gerente de Políticas Públicas e Eleições do WhatsApp, durante o festival Gabo, na Colômbia, semana passada: “Sabemos que nas eleições do ano passado havia empresas que mandavam mensagens em grande quantidade, que buscavam violar nossas regras de serviço pra chegar a públicos maiores”.

Durante as eleições, o WhatsApp afirmou ter banido centenas de milhares de contas por tentativa de envio automatizado ou em massa.

A decisão por parte do ministro Jorge Mussi faz parte do processo de uma ação de investigação judicial eleitoral ajuizada pelo PDT, após a publicação de reportagem do jornal Folha de S.Paulo intitulada “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”, em 18 de outubro de 2018.

As empresas de telecomunicações terão o período de três dias para encaminhar ao TSE - Tribunal Superior Eleitoral - as informações previstas na determinação do ministro.

Via Agência Brasil