Bitcoin cai US$ 3 mil em apenas um dia, após forte alta com anúncio do Libra - Criptomoedas


Bitcoin cai US$ 3 mil em apenas um dia, após forte alta com anúncio do Libra - Criptomoedas

Esta semana ajudou mais uma vez a lembrar o mercado como o bitcoin é uma criptomoeda volátil. Ela começou a semana em alta, após o anúncio de que o Facebook está entrando neste setor com o libra. Após dois bons dias de muita alta, a criptomoeda simplesmente despencou US$ 3 mil (perto de R$ 11,5 mil) em apenas 24 horas.

Na segunda-feira (26), a principal notícia do mercado era de que o bitcoin tinha voltado ao patamar de US$ 10 mil, preço que não era alcançado desde março de 2018. Os ânimos seguiram em alta até, pelo menos, esta quinta-feira (27), quando a criptomoeda bateu a marca de US$ 13,4 mil.

O ponto é que, após o fechamento do mercado nos Estados Unidos, o bitcoin voltou a ter uma forte queda, sendo negociado novamente na casa dos US$ 10 mil. Ou seja, queda de US$ 3 mil em menos de 24 horas.

O motivo seria a alta busca pela moeda, quando investidores apostaram na manutenção da alta do bitcoin. O aumento da demanda derrubou o preço, sendo que sites como Coinbase anunciaram que caíram por um período curto de tempo diante de tamanha procura.

Apesar da grande queda, a moeda ainda segue em alta no ano, segurando a marca acima dos US$ 10 mil. Nesta sexta-feira (28), as negociações giram em torno de US$ 11 mil.

O bitcoin não alcançava o patamar de US$ 13 mil desde janeiro de 2018. Aliás, aquele foi o ano de decadência da moeda, que viu uma amarga variação de US$ 20 mil para perto de US$ 5 mil no final do ano.

A expectativa de analistas, agora, é de que a moeda se mantenha entre US$ 10 mil e US$ 14 mil durante o restante de 2019.

O Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (Índice de Consumo de Eletricidade Bitcoin de Cambridge, em tradução livre), ou CBECI, ferramenta online que foi lançada esta semana, fez um levantamento de quanta energia é necessária para manter a rede do bitcoin em funcionamento, além de calcular o consumo anual de energia da criptomoeda. E o dado é alarmante: a rede consome mais energia do que toda a Suíça, país que possui mais de 8 milhões de habitantes, e a República Checa, com 10 milhões.

Atualmente, a CBECI diz que a rede global do bitcoin está consumindo mais de 7 gigawatts de eletricidade. Ao longo de um ano, isso equivale a cerca de 64 terawatt-hora de consumo de energia. Isso significa que o bitcoin é responsável por aproximadamente 0,25% de todo o consumo de eletricidade do mundo.

Está bem claro que o bitcoin requer uma enorme quantidade de energia, já que é usado por mineradores de todo o mundo que executam o hardware necessário para manter a rede e validar os pagamentos. Mas também vale lembrar que esses números são uma estimativa.

Em um post no blog anunciando o novo índice, o Cambridge Center for Alternative Finance, que supervisionou o trabalho, fez a mesma observação: “Estimativas confiáveis ​​do uso de eletricidade do bitcoin são raras: na maioria dos casos, elas fornecem apenas um instantâneo único e os números geralmente mostram discrepâncias substanciais de um modelo para outro”.

Essa incerteza é refletida, por exemplo, pela inclusão de limites inferiores e superiores para as estimativas da CBECI. O limite inferior está atualmente em torno de 22 TWh, enquanto o limite superior é um pouco abaixo de 150 TWh. É uma diferença significativa e que sugere que comparações entre diferentes estimativas devem ser feitas com uma dose de desconfiança.

Para se ter ideia, a Digiconomist fez uma análise e atrelou o consumo anual da rede do bitcoin a 70 TWh, por exemplo — 6 TWh a mais que o estimado pelo CBECI.

Independentemente dos números exatos, o uso de energia do bitcoin é certamente espantoso, com uma volatilidade fora do comum. Por vezes, o consumo aumenta rapidamente, chegando a duplicar em menos de seis meses. Isso, claro, causa danos ambientais que não podem ser ignorados, com uma boa quantidade de carbono sendo liberada. No entanto, novamente, as estimativas exatas desse impacto ambiental variam significativamente devido à dificuldade de determinar como a eletricidade usada para alimentar o hardware de mineração do bitcoin é gerada.

Fonte: https://www.theverge.com/2019/7/4/20682109/bitcoin-energy-consumption-annual-calculation-cambridge-index-cbeci-country-comparison